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Objetivos
- Ampliar o repertório de poesias conhecidas pela turma.
- Utilizar a linguagem oral, adequando-a a uma situação comunicativa formal.

Conteúdo
- Comunicação oral.

Anos
Pré-escola.

Tempo estimado
Dois meses. 

Material necessário
- Filmadora
- Caixa de papelão
- Aparelho de som
- CD A Arca de Noé - Vols. 1 e 2 (vários intérpretes,
Universal Music Brasil, 16 reais)
Livros
- A Arca de Noé (Vinicius de Moraes, 64 págs., Ed. Cia. das Letrinhas, tel. 11/3707-3500, 46,50 reais)
- Poemas Desengonçados (Ricardo Azevedo, 56 págs., Ed. Ática, tel. 0800-115-152, 26,90 reais)
- Mais Respeito, Eu Sou Criança (Pedro Bandeira, 80 págs., Ed. Moderna, tel. 0800-172-002, 29,50 reais)

Flexibilização
Para ampliar a capacidade de comunicação e expressão de crianças com deficiência auditiva e auxiliá-las a utilizar libras, posicione as crianças em semicírculo no momento da leitura, para que visualizem o educador, os colegas e o intérprete. É importante que todos falem, um de cada vez, para facilitar a compreensão. Apresente os autores por meio de fotos e estimule a criança a declamar, em libras, poemas que já conhece. Você também pode declamar algumas poesias para servir como modelo de leitor. Explique a todos as etapas do projeto e apresente uma nova poesia às crianças a cada dia. Peça à criança surda que observe a expressão facial e os movimentos do corpo do intérprete quando este estiver declamando. Proponha que a criança leve um bilhete para casa pedindo que os pais escrevam uma poesia para ser apresentada aos colegas. Incentive a criança surda a participar da confecção da "caixa mágica" e explique que ali serão colocadas as poesias e os livros utilizados no projeto. Apresente à criança a poesia que ela irá declamar junto com dois ou três colegas. Convidar um surdo adulto para declamar na sala em libras para que a criança tenha outros exemplos também é uma boa alternativa. Filme a criança surda declamando com o seu grupo e num segundo momento retome o vídeo para que juntos possam ver o que precisa ser melhorado. No dia do sarau, é interessante que a poesia que será declamada em libras seja lida para a plateia. Registrar todos os avanços da criança é fundamental.

Desenvolvimento
1ª etapa
Pergunte quais poemas as crianças conhecem e estimule-as a declamar. Convide-as a conhecer outros, mostrando os livros selecionados. Leia em voz alta alguns deles, caprichando na entonação. Compartilhe a ideia de organizar um sarau de poesia e convidar os pais para assistir ao evento. Explique que para isso é preciso conhecer vários poemas e aprender a declamá-los.

2ª etapa
Apresente algumas faixas do CD de poesia musicada para familiarizar a turma com o gênero.

3ª etapa
Leia para os pequenos todos os dias os livros escolhidos para o projeto. Converse com eles sobre as poesias e como se deve declamar, cuidando da entonação e da altura da voz, para que o público compreenda e ouça com clareza o que for dito. Como tarefa de casa, oriente que peçam aos pais para recitar e registrar por escrito poemas e versinhos que apreciem. Use a caixa de papelão para guardar os textos poéticos fornecidos pelos pais, os livros e o CD.

4ª etapa
Leia a poesia Bola de Gude, do livro Poemas Desengonçados, chamando a atenção da turma para a entonação, dicção e altura da sua voz. Proponha que a recitem coletivamente. Repita o procedimento com outros poemas. Use a filmadora para gravar esses momentos.

5ª etapa
Exiba o vídeo para que as crianças possam analisar como estão se saindo e em que precisam melhorar. Ajude-as apontando o que estiver adequado também.

6ª etapa
É hora de selecionar o que será apresentado no sarau. Pergunte às crianças quais são os textos prediletos delas e decidam se as declamações serão feitas individualmente, em duplas, trios ou grupos maiores. Convide as famílias para o evento.

7ª etapa
Ensaie com a turma os poemas. Filme novamente e exponha as imagens para que todos possam se aperfeiçoar.

Produto final
Sarau infantil.

Avaliação
Observe e registre o avanço das crianças no que se refere à apropriação na forma de se expressar em situações de comunicação formal.



As aulas passeios tem como objetivo aprofundar os conhecimentos adquiridos em sala de aula nas diversas áreas. É sempre muito interessante para os alunos, o que proporciona uma aprendizagem mais significativa e humanizada, com maior intereção entre alunos e professores. Além de ultrapassar os limites da escola, as aulas passeios despertam nos aprendizes um interesse maior pela pesquisa e pelos estudos, tornando as disciplinas mais lúdicas e atraentes.
Freneit criou a aula passeio para atingir um objetivo maior do  passear, que é o despertar, nas crianças, de uma consciência de seu meio, incluindo os aspectos sociais, e de sua história.

Proposta pedagógica de Freneit

Para Freinet, a educação deveria proporcionar ao aluno a realização de um trabalho real. Sua carreira docente teve início construindo os princípios educativos de sua prática. Ele propunha uma mudança da escola, pois a considerava teórica e portanto desligada da vida.
Suas propostas de ensino estão baseadas em investigações a respeito da maneira de pensar da criança e de como ela construía seu conhecimento. Através da observação constante ele percebia onde e quando tinha que intervir e como despertar a vontade de aprender do aluno. De acordo com Freinet, a aprendizagem através da experiência seria mais eficaz, porque se o aluno fizer um experimento e der certo, ele o repetirá e avançará no procedimento; porém não avançará sozinho, precisará da cooperação do professor.
Na proposta pedagógica de Freinet,a interação professor-aluno é essencial para a aprendizagem. Estar em contato com a realidade em que vive o aluno é fundamental. As práticas atuais de jornal escolar, troca de correspondência, trabalhos em grupo, aula-passeio são idéias defendidas e aplicadas por Freinet desde os anos 20 do século passado.
Além das técnicas pedagógicas, o aspecto político e social ao redor da escola não deve ser ignorado pelo educador. Isto porque sua pedagogia traz em seu bojo a preocupação com a formação de um ser social que atua no presente. O professor deve mesclar seu trabalho com a vida em comunidade, criando as associações, os conselhos, eleições, enfim as várias formas de participação e colaboração de tudo na formação do aluno, direcionando o movimento pedagógico em defesa da fraternidade, respeito e crescimento de uma sociedade cooperativa e feliz.
Há princípios no saber Pedagógico que C.Freinet considerava invariáveis, ou seja, independente do local ou período histórico, certos pressupostos deveriam sempre ser levados em conta na prática educacional.Desta forma, postulou as chamadas "Invariantes Pedagógicas",consideradas como pilares de sua proposta Pedagógica.
Desde sua origem, o movimento sempre se manteve aberto a todas as experiências pedagógicas através de documentos, revistas, circulares, cartas e boletins. Freinet buscava formas alternativas de ensino, pois não conseguia se adaptar a forma tradicional, fazia também relatórios diários de cada criança. Ao que se refere às cartilhas, ele questiona seu valor, pois os conteúdos nada tinham a ver com a realidade da criança e, portanto, não traziam nenhum estímulo à aprendizagem da leitura. Freinet dava muita importância ao trabalho, pois este deveria ser o centro de toda atividade escolar, enfatizando-o como forma do ser humano ascender, exercer seu poder.
Para Freinet, o aprender deveria passar pela experiência de vida e isso só é possível pela ação, através do trabalho. O trabalho desenvolve o pensamento, o pensamento lógico e inteligente que se faz a partir de preocupações materiais, sendo que esta, é um degrau para abstração. Freinet acreditava que no e pelo trabalho o ser humano se exprime e se realiza eficazmente. Lembrando-se que, quando o autor exalta o trabalho, não está referindo-se forçosamente ao trabalho manual, pois para ele, o trabalho engloba toda pesquisa, documentação e experimentação.
Com relação à intervenção do professor, só se dava para organizar o trabalho, sem precisar de imposições ou ameaças. Para ele, a disciplina escolar se resume a executar uma atividade que envolva e torne a criança automaticamente disciplinada.
Outro aspecto importante para Freinet é a liberdade, relativa e não disvinculada a vida e do trabalho de cada um. Para ele, a liberdade é a possibilidade do ser humano vencer obstáculos. Freinet buscou técnicas pedagógicas que pudessem envolver todas as crianças no processo de aprendizagem, independentemente da diferença de caráter, inteligência ou meio social, (lembrando-se mais uma vez que ele afirmava que o conteúdo estudado no meio escolar deveria estar relacionado às condições reais de seus alunos).
Ao estudar o problema da educação, ele propunha que ao mesmo tempo em que o professor almejasse a escola ideal, criativa e libertadora, deveria também estudar as condições concretas que estariam impedindo a sua realização.

Invariantes pedagógicas

  1. A criança é da mesma natureza que o adulto.
  2. Ser maior não significa necessariamente estar acima dos outros.
  3. O comportamento escolar de uma criança depende do seu estado fisiológico, orgânico e constitucional.
  4. A criança e o adulto não gostam de imposições autoritárias.
  5. A criança e o adulto não gostam de uma disciplina rígida, quando isto significa obedecer passivamente uma ordem externa.
  6. Ninguém gosta de fazer determinado trabalho por coerção, mesmo que, em particular, ele não o desagrade. Toda atitude imposta é paralisante.
  7. Todos gostam de escolher o seu trabalho mesmo que essa escolha não seja a mais vantajosa.
  8. Ninguém gosta de trabalhar sem objetivo, atuar como máquina, sujeitando-se a rotinas nas quais não participa.
  9. É fundamental a motivação para o trabalho.
  10. É preciso abolir a escolástica.
    1. Todos querem ser bem-sucedidos. O fracasso inibe, destrói o ânimo e o entusiasmo.
    2. Não é o jogo que é natural na criança, mas sim o trabalho.
  11. Não são a observação, a explicação e a demonstração - processos essenciais da escola - as únicas vias normais de aquisição de conhecimento, mas a experiência tateante,que é uma conduta natural e universal.
  12. A memória, tão preconizada pela escola, não é válida, nem preciosa, a não ser quando está integrada no tateamento experimental,onde se encontra verdadeiramente a serviço da vida.
  13. As aquisições não são obtidas pelo estudo de regras e leis, como às vezes se crê, mas sim pela experiência. Estudar primeiro regras e leis é colocar o carro na frente dos bois.
  14. A inteligência não é uma faculdade específica, que funciona como um circuito fechado, independente dos demais elementos vitais do indivíduo, como ensina a escolástica.
  15. A escola cultiva apenas uma forma abstrata de inteligência, que atua fora da realidade fica fixada na memória por meio de palavras e idéias.
  16. A criança não gosta de receber lições autoritárias.
  17. A criança não se cansa de um trabalho funcional, ou seja, que atende aos rumos de sua vida.
  18. A criança e o adulto não gostam de ser controlados e receber sanções. Isso caracteriza uma ofensa à dignidade humana, sobretudo se exercida publicamente.
  19. As notas e classificações constituem sempre um erro.
  20. Fale o menos possível.
  21. A criança não gosta de sujeitar-se a um trabalho em rebanho. Ela prefere o trabalho individual ou de equipe numa comunidade cooperativa.
  22. A ordem e a disciplina são necessárias na aula.
  23. Os castigos são sempre um erro. São humilhantes, não conduzem ao fim desejado e não passam de paliativo.
  24. A nova vida da escola supõe a cooperação escolar, isto é, a gestão da vida pelo trabalho escolar pelos que a praticam, incluindo o educador.
  25. A sobrecarga das classes constitui sempre um erro pedagógico.
  26. A concepção atual das grandes escolas conduz professores e alunos ao anonimato, o que é sempre um erro e cria barreiras.
  27. A democracia de amanhã prepara-se pela democracia na escola. Um regime autoritário na escola não seria capaz de formar cidadãos democratas.
  28. Uma das primeiras condições da renovação da escola é o respeito à criança e, por sua vez, a criança ter respeito aos seus professores; só assim é possível educar dentro da dignidade.
  29. A reação social e política, que manifesta uma reação pedagógica, é uma oposição com o qual temos que contar, sem que se possa evitá-la ou modificá-la.
  30. É preciso ter esperança otimista na vida.

OBJETIVOS
1 - De caráter geral:
a) Desenvolver o universo cultural e social do aluno, permitindo-lhe refletir e observar, criticamente, os aspectos funcionais de sua comunidade.
b) Aumentar o domínio e o espaço vital que o aluno deve possuir sobre seu macro-ambiente.
2 - De caráter específico:
a) Estruturar o relacionamento pais-aluno-escola.
b) Desenvolver os aspectos de necessidade de segurança no trabalho, valorização de todo trabalho como essencial para o bem estar da comunidade e aspectos científicos (técnicos) dos locais de trabalho visitados, que cada um será por sua vez o centro de atenções da aula (através do trabalho dos pais ou responsáveis).
d) Colher material significativo para conteúdo das aulas (linguagem oral, escrita, ciências, estudos sociais e outras).
e) Conhecer os processos de transformações que os materiais sofrem, pela ação do trabalho humano.
3 - Locais a serem visitados:
O lugar para visita poderá ser escolhido de acordo com o conteúdo trabalhado ou outros lugares que possam trazer experiências e vivências ricas à criança ampliando o seu aprendizado e contribuindo para o seu pensamento crítico e raciocínio.
Instituições: Prefeitura, Fórum, Câmara Municipal, Posto de Saúde, Bancos, Escolas;
Escritórios de: Arquitetura e Engenharia, Contabilidade, Advocacia;
Profissionais autônomos: Empresa de Transporte Coletivo, Beneficiamento e torrefação de Café, Supermercados, Marcenaria, Pastifício, Laticínio, Consultórios Médicos, Hotéis, Atelier de Artes Plásticas, Farmácia.
Além desses, poderão ser visitados outros locais de interesse das crianças ou para desenvolver algum assunto específico em aula.
4 - Dinâmica da Aula-Passeio:
O professor deverá ter uma ideia clara sobre o local a ser visitado para orientar os alunos a realizarem um roteiro prévio dos elementos mais importantes a serem observados durante a aula-passeio.
Deverão também ser trabalhados os aspectos de locomoção escola-local visitado, tais como: cuidados ao atravessar a rua, entrada e saída de veículos, normas sociais adequadas no relacionamento com outras pessoas, segurança pessoal e do grupo no local visitado, e outras.
Após a visita, os alunos deverão desenhar (retratar graficamente) os aspectos mais relevantes observados, de forma livre.
A partir deste desenho, professora e alunos, elaborarão texto simples em linguagem acessível a todos sobre a experiência vivenciada.
Deste texto, sairão os elementos a serem trabalhados nas áreas de linguagem escrita, ciências, estudos sociais e outras.
5 - Avaliação:
Será dada pelo interesse que a classe tiver nas visitas, pela produção dos desenhos e textos e pelos relatórios orais surgidos.
Ao final da aula, as fotos são colocadas em nossa web site para que todos possam as visitas realizadas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
COLÉGIO PRO CAMPUS, Teresina – PI. Disponível em: <http://www.procampus.com.br/ensino_aulapasseio.asp> Acesso em 05 de junho de 2012.

CURIOSA IDADE EDUCAÇÃO INFANTIL. Disponível em:
<http://www.curiosaidade.com.br/cgi-local/conteudo.atw?url=conteudo/funcionamento/atividades_ curriculares/aulas-passeio/materia&fac=5&> Acesso em 05 de junho de 2012.

CÉLESTIN FREINET, O MESTRE DO TRABALHO E DO BOM SENSO. Disponível em:

CÉLESTIN FREINET – WIKIPÉDIA. Disponível em:
<http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lestin_Freinet> Acesso em 05 de junho de 2012.

EDUCAR PARA CRESCER – PEDAGOGIA CÉLESTIN FREINET. Disponível em:
<http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/celestin-freinet-307897.shtml> Acesso em 05 de junho de 2012.








LINKS RELACIONADOS:

Caminhada pelo entorno da escola. Disponível em:

Projetos no bairro. Disponível em:

Visitar o jardim botânico, um passeio que rende boas lições. Disponível em:
<http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/visitar-jardim-botanico-passeio-rende-boas-licoes-425730.shtml> Acesso em 05 de junho de 2012.

É hora de valorizar nosso patrimônio cultural. Disponível em:
<http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/hora-valorizar-nosso-patrimonio-cultural-584455.shtml> Acesso em 05 de junho de 2012.

Aula Passeio aprofunda conhecimentos de sala de aula. Disponível em:
180 GRAUS <http://180graus.com/geral/aula-passeio-aprofunda-conhecimentos-de-sala-de-aula-468980.html> Acesso em 05 de junho de 2012.

Aula Passeio. Disponível em:
<http://gatinhosunidos.blogspot.com.br/2011/10/aula-passeio.html> Acesso em 05 de junho de 2012.




 
Objetivos - Reconhecer características da água.
- Associar o uso da água a algumas de suas características.
- Perceber a interferência do homem no meio ambiente.

Conteúdos
- Características e propriedades da água.
- Distribuição da água no planeta.
- Utilização da água pelo homem.

Anos 3º ao 5º.

Tempo estimado Dois meses.

Material necessário
Água, copo de papel, folha de papel, vela, fósforo, recipiente plástico, giz, suco em pó ou corante, garrafa PET, açúcar, sal e detergente.

Flexibilização
Para trabalhar esta sequência com alunos com deficiência auditiva (com compreensão inicial de Libras e em processo de alfabetização), na primeira etapa, oriente-os individualmente, explicando em detalhes como será cada etapa da atividade. Ao falar para o grupo, dirija-se ao aluno com deficiência e estimule sua leitura orofacial.
Na segunda etapa, amplie o repertório do aluno sobre o tema, encaminhando leituras e atividades junto ao AEE ou como lição de casa.
Na terceira etapa, estimule a participação do aluno com deficiência fazendo perguntas dirigidas apenas a ele e peça que socialize suas ideias com o grupo.
Na avaliação, combine antecipadamente com o aluno como será sua participação na Feira de Ciências. Caso sua comunicação com o público seja limitada, ele pode se sentir mais representado pelos registros em cartazes ou vídeos feitos com o grupo.

Desenvolvimento 1ª etapa Informe aos alunos que eles farão um trabalho para ser apresentado numa feira de Ciências sobre o tema "Água". Divida a turma em grupos com, no máximo, cinco integrantes, e avise que todos estudarão vários aspectos ligados ao assunto. É importante lembrá-los de que o evento será investigativo. Caberá aos estudantes envolvidos no projeto, portanto, fazer a mediação com os visitantes da feira durante o processo de construção de alguns conhecimentos.

2ª etapa Para dar início à preparação da feira, deixe que os alunos observem você colocar um pedaço de papel na chama de uma vela para que ele pegue fogo. Em seguida, trabalhe as seguintes questões: 1) Por que, ao ser posto no fogo por alguns instantes, um copo de papel com água não pega fogo? A água do copo esquenta? Você pode fazer uma demonstração dobrando uma folha de papel em forma de cone e colocando dentro dele um pouco de água. Depois, aproxime-o da chama da vela. As crianças perceberão que, dessa vez, o papel não pega fogo, pois a água é capaz de absorver a maior parte do calor. Peça sugestões de outros casos em que a capacidade térmica da água seja evidenciada. Exemplo: quando entramos no mar ou em uma piscina à noite e sentimos que a água está quente (essa sensação se deve justamente ao fato de a água ter passado o dia inteiro absorvendo calor); 2) Por que a água é considerada um solvente universal? Os estudantes podem fazer misturas de água com sal, açúcar e detergente para notar que todas essas substâncias se dissolvem; 3) Por que, quando molhamos a barra da calça na chuva, ela acaba ficando úmida até quase a altura dos joelhos? Para explicar esse fenômeno, chamado capilaridade, proponha experimentos como os seguintes: em um recipiente, coloque um pouco de água e adicione corante ou suco em pó. Depois, peça que os alunos mergulhem a ponta de um giz branco no líquido. Eles verão que a parte colorida "subirá" além do ponto em que o giz foi mergulhado. O mesmo pode ser observado ao mergulhar em um recipiente a ponta de uma toalha de banho; 4) Por que alguns insetos são capazes de "andar" na superfície da água? Esse é o gancho para abordar outra propriedade importante da água: a tensão superficial. Faça uma investigação sobre o tema com a turma; 5) A água disponível na natureza vai acabar um dia? Para discutir o assunto, leve para a sala uma garrafa PET e monte um modelo de escala da água do planeta. Se toda ela coubesse numa garrafa de 2 litros, quanto desse total seria doce? Resposta: apenas três ou quatro colheres de sopa. Quanto dessa água doce está em forma líquida e disponível para consumo? Resposta: aproximadamente três gotas. Durante a atividade, faça perguntas sobre a utilização desse recurso natural pelo homem e as possíveis consequências do uso inconsciente.

3ª etapa É hora de a garotada elaborar a problematização que será desenvolvida junto aos visitantes da feira de Ciências. Explique que ela deve estar relacionada aos seguintes conteúdos: 1) Características e propriedades da água; 2) Distribuição da água no planeta; 3) Utilização da água pelo homem. Garanta que, durante as aulas, os estudantes tenham contato com esses conteúdos. É fundamental que eles pesquisem, façam experimentos e escrevam sobre os três temas.

4ª etapa
Explique à turma que a feira de Ciências que vocês pretendem organizar só será investigativa se os visitantes participarem das atividades. Dê alguns exemplos de como isso pode ser conseguido. Uma estratégia é propor aos estudantes que trabalhem em grupo para solucionar um problema, deixando claro que os questionamentos apresentados por você durante as aulas de preparação para a feira podem ser repetidos com os visitantes. Avise que você estará por perto o tempo todo para ajudar. Produto final Feira de Ciências.

Avaliação Avalie a participação de cada aluno e verifique se os objetivos de aprendizagem foram atingidos. Uma breve apresentação do trabalho em sala de aula, antes da feira, pode ser um bom momento de avaliação.
 


Feira de Ciências
Com certeza saber a teoria sobre uma matéria escolar, pesquisar em livros ou sites e estudar muito é importante entender os conteúdos, mas quando partimos para experimentar, na prática como as coisas funcionam, aí sim fica muito mais fácil para realmente aprender um matéria escolar.

Assim, experimentar e aprender estão intimamente ligados. Percebendo essa ligação, no início do séc. XX professores do ensino básico de algumas escolas dos Estados Unidos propuseram a seus alunos que desenvolvessem projetos científicos para demonstrar determinados fenômenos para seus colegas de classe. A ideia deu certo e esses professores perceberam que com essa estratégia os alunos aprendiam de forma muito mais eficaz e prazerosa.
A partir daí estava “dada a largada” para as Feiras Científicas ou Feiras de Ciências que conhecemos hoje e que fazem parte do calendário de muitas escolas pelo mundo todo.
Organizando uma Feira de Ciências
Para organizar uma Feira de Ciências é fundamental ter senso de equipe, organização, empenho e muita disposição!
Os professores e a coordenação da escola devem ser os responsáveis pela organização desse evento, mas é claro que a ajuda dos alunos é muito importante.
Aos professores e coordenadores cabe a tarefa de prever o evento no calendário escolar, orientar os alunos para o desenvolvimento dos projetos, criar normas para o funcionamento da feira, cuidar da segurança da feira em geral e de cada experimento especificamente, além de orientar a divulgação e montagem.
Para os alunos fica a tarefa mais gotosa e desafiadora: desenvolver projetos inovadores a partir de conteúdos já estudados em sala de aula. É necessário ser criativo e ter espírito de cientista, pois mesmo para experimentos simples, seguimos os passos de um cientista, ou seja: observamos, formulamos hipóteses e criamos o experimento em si para verificar a veracidade dessas hipóteses.
Seguem algumas dicas importantes para sua participação ser nota 10:
ü Tema: para escolha do tema você deve penar em algo desafiador, que instigue sua curiosidade para aprender mais, mas também não exagere, pois não adianta escolher um tema que esteja fora de seu alcance de pesquisa. Lembre-se de que alguns fenômenos demoram anos para serem desvendados por cientistas e, portanto você não conseguirá pesquisar em pouco tempo;
ü Método científico: além de aprender mais sobre um determinado assunto, o desenvolvimento do experimento deve ajudar a percorrer os passos do método científico, ou seja - observar, especular, formular hipóteses, experimentar, deduzir e chegar a conclusões;
ü Materiais: não esqueça de fazer uma lista de materiais que deverão ser utilizados no experimento, isso evitará que passe por apuros nos dias de apresentação;
ü Tempo: organize bem o tempo que dispensará para esse trabalho sem deixar de lado as outras atividades escolares;
ü Continuidade: escolha um tema que poderá ter continuidade nos anos seguintes, à medida que você vai se aprofundando no conteúdo;
ü Anotações: à medida que você vai desenvolvendo suas habilidades científicas, surgirão ideias a todo momento, quando você mesmo imaginar, andando de bicicleta, passeando no shopping, etc., assim, tenha sempre em mãos uma caderneta de anotações para não deixar nada escapar!
Tudo pode começar em um laboratório...
Um laboratório de Ciências é um ambiente da escola com materiais e organização especifica que viabiliza a realização de experimentos científicos. É um espaço educativo que faz a ligação entre a teoria e a pratica dos conteúdos escolares.
Nos laboratórios há materiais e equipamentos específicos para cada experimento.
Desenvolver pesquisas nos laboratórios de Ciências pode ser o começo para a vida científica.
Curiosidades
Veja algumas invenções interessantes:
Bicicleta portátilA criação do inglês Clive Sinclair, a "A-Bike", é dobrável. Ela pesa cerca de 5 quilos e meio e pode ser guardada em uma sacola com menos de 0,03 metros cúbicos.
Cadeira de papelãoÉ toda feita de papelão e pesa 900 gramas. Mas suporta até 450 quilos em cima dela.
Carteira antirrouboInvenção australiana. Feita de aço inoxidável, ela é dotada de dispositivos especiais que destroem seu conteúdo. Ao ser aberta por alguém que desconhece a senha, a carteira libera uma tinta azul que mancha tudo o que há em seu interior e, ao mesmo tempo, apaga as fitas magnéticas dos cartões.

  1 Não seja o centro das atenções. Os melhores professores são aqueles que guiam, dividem o que sabem, e não se tornam o centro das atenções. Os estudantes é que são o objetivo final de tudo.

2 Estude os seus alunos. Você precisa conhecer o seu grupo, saber quem são as pessoas que você vai ensinar. Os talentos, os defeitos, as riquezas.

3 Alunos podem procurar desafios desde que você dê segurança a eles. A aprendizagem às vezes determina alguns riscos. Se você for capaz suficiente de dar segurança e confiança a seus alunos eles poderão seguir e correr estes riscos. Os alunos precisam saber que você confia neles e que eles podem confiar em você.

4 Excelentes professores são aqueles que ensinam com paixão. A diferença entre um bom professor e um excelente professor está exatamente na paixão com que eles atuam e não no conhecimento ou experiência. Paixão pelo material, pelo programa, pelo ensino. O desejo é contagioso.

5 Estudantes aprendem quando os professores mostram o quanto eles precisam aprender. Os alunos não têm a ideia exata do que é realmente importante e o que poderão ter de benefício com a aprendizagem. Será seu papel mostrar, dividir, ensinar e praticar com eles.

6 Mantenha o seu programa claro e simples. Uma das grandes funções de um mestre é fazer as coisas complicadas parecerem simples. A grande ação de um grande líder é exatamente fazer com que seus seguidores lhe entendam.

7 Aprenda com os alunos. Algumas vezes, a melhor resposta que você pode dar a seus alunos é “não sei”. Ao invés de perder credibilidade você mostrará humildade e reconhecimento. Mas não se esqueça de pesquisar com eles e sanar a dúvida.

8 O ensinamento começa do coração. A melhor forma de ensinar não é uma fórmula, é algo pessoal. Diferentes pessoas ensinam a mesma matéria de forma diferente porque são diferentes e vêem o mundo de forma diferente. Nós ensinamos o que somos. O ato de ensinar requer coragem para explorar o sentimento de identidade.

9 Pare de falar, comece a escutar. Dê espaço para seus alunos se manifestarem. Isso mostra o valor que você dá a eles. A linguagem do escutar é muito importante e dá a você um feedback do seu programa.

10 Deixe seus alunos ensinarem uns aos outros. Você não é a única pessoa com quem eles podem aprender. Eles também podem ajudar uns aos outros. Mantenha um ambiente propício para a troca.

Fonte: Informe “A Gazeta na Sala de Aula”. Maio/2004. Ed. 58. Vitória – ES.